Arch Enemy é uma banda sueca de death metal com influências de thrash metal, formada em 1995. Tem uma distinção das outras bandas do gênero, por ter uma mulher como vocalista, o que é muito raro nas bandas de death metal, já que o vocal é gutural.
O Arch Enemy é uma das principais bandas deste subgênero do heavy metal que se convencionou chamar de 'death metal melódico', em virtude principalmente de elementos melódicos provenientes do heavy metal tradicional, do power metal, do heavy rock e até mesmo do hard rock dos anos 70 e 80. Neste sentido, uma das características principais do Arch Enemy são os riffs de guitarra compostos por Michael Amott, que são ao mesmo tempo pesados e melódicos.
Depois de ver dentro da Suécia o sucesso de bandas como Hammerfall e Yngwie Malmsteen’s Rising Force, foi uma união de profissionais experientes que revelou o lado original e criativo daquele país. Os irmãos Michael e Christopher Amott resolveram formar, na cidade de Gotemburgo, em 1996, um grupo cujo estilo seria caracterizado pela mistura de metal tradicional, thrash, death e progressivo. Assim nascia a banda Arch Enemy. Michael era bastante conhecido por ter sido guitarrista do Carcass (um dos grandes nomes do death mundial) e Christopher já havia tocado guitarra no Armageddon. Os integrantes que completaram o Arch Enemy foram John Liiva (ex-Carnage, baixo e vocal) e Daniel Erlandsson (ex-In Flames, bateria).
Ainda no mesmo ano da fundação da banda, o primeiro disco “Black Earth” foi lançado. Durante os próximos dois anos a banda fez uma extensiva turnê pela Europa, divulgando o primeiro lançamento e apresentando sua formação. Durante esta turnê Ernaldsson teve que abandonar a banda por motivos pessoais e Peter Wildoer assumiu o seu lugar nos shows. Outra novidade foi a entrada do baixista Martin Bengtsson, já que Liiva preferiu tornar-se “apenas” vocalista.
A resposta da mídia especializada e principalmente do público fez com que a banda assinasse um contrato com a gravadora Century Media e retornasse ao estúdio para começar a trabalhar em um próximo lançamento.
Em 1998 saiu “Stigmata”, álbum que alcançou uma surpreendente marca de 20 mil cópias vendidas apenas no Japão, país que tornou-se o principal mercado da banda. Também neste ano participaram do festival Wacken Open Air, na Alemanha. Michael seria considerado o segundo melhor guitarrista daquele ano pela tradicionalíssima revista Burrn!, atrás somente de Malmsteen. “Stigmata” atingiu todos os critérios traçados por Michael, a mistura de heavy tradicional com o metal extremo tornou-se uma característica própria banda.
Foi com todo este reconhecimento que a banda lançou uma edição limitada de 10 mil cópias do seu álbum ao vivo, “Burning Japan – Live 1999”, que saiu apenas em território japonês. Mas com o início da criação do álbum seguinte, um trabalho mais técnico, a banda sofreu mais duas mudanças: Erlandsson voltou ao Arch Enemy e Bengtsson deixou o seu posto. O seu substituto não poderia ser escolhido de uma melhor maneira, pois Sharlee D’Angelo é dono de uma técnica extremamente boa, e além de ser um grande fã do Arch Enemy, toca no Mercyful Fate, Sinergy e Witchery.
A expectativa criada em torno do próximo lançamento era imensa, e foi plenamente correspondida com o álbum “Burning Bridges”, o então melhor trabalho do Arch Enemy. Teve ótimas críticas em publicações voltadas ao metal em diversos países, sendo eleito em muitas oportunidades como “disco do mês”. Neste álbum, Christopher e os demais músicos tiveram mais liberdade de criação, pois antes praticamente apenas tocavam as músicas elaboradas por Michael. Com o sucesso do trabalho, a banda foi indicada na Suécia ao Grammy na categoria “melhor banda de hard rock”, o que fez sua popularidade aumentar. Um dos resultados desta situação foi a turnê da banda dentro dos Estados Unidos, ao lado do Nevermore. Nesta mesma época a banda fez a sua primeira passagem pela América do sul, no Chile, ao lado de Deicide e Hammerfall.
Durante a criação de mais um álbum, Johan Liiva deixou a banda, para surpresa de todos. Michael e Christopher continuaram compondo, à medida que iam fazendo testes com diversos candidatos ao cargo. “Wages of Sin” foi lançado, surpreendendo com a vocalista Angela Gossow. Angela foi o maior destaque deste trabalho. Sua voz poderosa e nem um pouco “caída” para o lado mais doom/gótico tornou-se um referencial do Arch Enemy ao lado de Michael.
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